A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte (SEEC/RN), através da 9ª Diretoria Regional de Educação e Cultura, apresenta a Jornada Pedagógica 2024, tendo como tema: Equidade na Educação: Garantia de Aprendizagem e Respeito às Diversidades, que será desdobrado através de diversificadas práticas pedagógicas e reflexões, ao longo do ano letivo. A temática oportunizará aos docentes, aos profissionais em geral e aos discentes: (1) reconhecer-se e (2) exercitar o respeito às diferenças.

Reconhecer preconceitos, estereótipos, identidades e diversidades, educando para a alteridade, é educar para saber lidar com o outro, com o diverso, a fim de superar, antes de tudo, a visão de um currículo eurocêntrico e promover as aprendizagens em todos os espaços da escola e do território da comunidade escolar dando voz e desejando a reparação social em que os direitos básicos não são respeitados.

A discussão inicial feita no dia 21/02/2024, durante a Jornada Pedagógica, precisa refletir-se nas práticas de currículo e diretamente em sala de aula, no desenvolvimento do senso crítico dos discentes superando desequilíbrios de poder surgidos a partir dos variados contextos históricos e modernos de pobreza, etnias, gênero, orientação sexual...

A busca é continuamente melhorar a convivência das pessoas e o consumo mais crítico da enxurrada de informações a que estamos expostos diariamente, permitindo que, como agentes de transformação social, promovamos a equidade educacional pressupondo a justiça nos processos diários no trato das diferenças, de modo que a educação de todos os estudantes seja considerada de igual importância.

A partir desse tema a SEEC RN e a 9ª DIREC têm como objetivo para o planejamento do ano letivo de 2024, construir práticas e atividades para enxergar as diversidades, reconhecendo e valorizando as contribuições passadas e atuais de diferentes povos do Brasil e do mundo, ajudando crianças, jovens, e adultos a interagir de forma mais reflexiva e responsável sobre as convivências e informações que nos cercam. Essa prática pretende identificar e combater desigualdades sistêmicas, abandono, evasão e reprovação escolar que permitem que os estudantes deixem a escola, silenciosamente.

A Lei nº 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e a Lei 11.645, de 10 março de 2008, que tornaram obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira, nas Etapas da Educação Básica: Ensino Fundamental e Ensino Médio, entre tantas outras leis, não bastam apenas como regulações. É preciso ir além, incorporando no cotidiano escolar mais pautas que provoquem reflexões sobre as diversidades, sobre o racismo estrutural, a inclusão e outras práticas de forma a aplicar tais reflexões em mudanças que impactem o currículo, a convivência respeitosa e sadia, permanente e positiva, entre pares.

A escola precisa ser um local de pertencimento, acolhimento, escuta, proteção, troca de conhecimentos, valores, afetos e segurança. As convivências precisam ser cuidadas, pois também impactam na aprendizagem e qualquer tipo de incivilidade, agressividade e violência ao serem identificadas, precisarão ser tratadas, sempre. Precisamos cuidar desta consciência coletiva para que não despersonalizemos a escola.

Tais discussões e reflexões contribuirão para o fortalecimento das unidades escolares estaduais e municipais, por meio da reelaboração de seus Projetos Político Pedagógicos e Curriculares em 2024, visando a construção de um Currículo Potiguar que privilegie a educação integral, emancipatória, democrática e inclusiva.

Elba Alves da Silva

Coordenadora Pedagógica da 9ª DIREC

Material utilizado nas apresentações dos expositores